Nas férias
de verão sempre vou para a praia de Torres, lugar belíssimo por sinal, mar
azul, as ondas indo e vindo, batendo contra as pedras... Legítimo paraíso. Fecha
parênteses.
Não estamos aqui para falar da cidade, mas sim no que
aconteceu lá, sem mais delongas.
Estava eu indo
para o mar de “mala e cuia” toda atrapalhada e no zum-zum-zum familiar típico
da época férias. Porém, vejo algo que se
destaca em meio a todo o turbilhão do momento.
Passando
pela trilha que nos leva até a praia, vejo dois homens (de certa idade)
conversando e rindo muito animados. Cabelos
grisalhos, ar jovial. Os dois velhinhos conversavam como se fossem dois guris.
Quebrando
aquele obsoleto paradigma de que as pessoas provectas vivem sossegadas em suas
casas sentadas em cadeiras de balanço fazendo tricô ou nas praças jogando
xadrez.
É natural
que o corpo envelheça, mas a psique não precisa necessariamente seguir este
destino.
Muitos tentam
incansavelmente ocultar os efeitos do tempo em seus corpos, na esperança de parecerem
mais jovens.
Mas a juventude está justamente naquilo não é
superficial. Ela está na alma, na mente e no o pensamento; que é renovação,
singularidade e mudança constante.
O sol começa
a se pôr, os dois guris seguem seu caminho mostrando a alegria que se
perpetuou.