Perdemos horas e horas de sono em nosso mundo particular, construindo castelos de ar baseados em pensamentos e situações que teriam a chance de acontecer (e que nem sempre acontecem; pelo menos comigo).
Tudo por causa do bendito futuro. E do pretérito.
Nas aulas de português nos ensinavam que os verbos terminados em “ia” estavam no futuro do pretérito e que remetiam a incerteza, hipótese.
Esse tempo é utopia.
E se ele não o existisse? O que seria? O que aconteceria?
Será que estaríamos aqui, você lendo e eu escrevendo? A sociedade seria a mesma? Ou não existiria? Haveria o mesmo tempo espaço atual? Ou ele seria (in)finito? E a esperança, todos os devaneios, e imaginações? O que seria deles? Aliás, o que seria de nós sem os mesmos?
Talvez possamos considerá-lo uma fuga; momentânea, que seja. Sonhamos acordados, alimentamos a imaginação e estimulamos a mente.
Mil questões vêm à cabeça; nenhuma delas é respondida. A insatisfação da curiosidade mata o homem e move a humanidade; instiga os sentidos e nos leva aos lugares mais inusitados e pitorescos que se possa imaginar.
Nós somos a evolução e nossa existência é passado. A cada minuto envelhecemos mais, ao passo que a cada instante nos renovamos, vivemos. Somos a contradição, e a utopia faz parte de nós.
Estamos cada vez mais presos à uma realidade individual, seja ela utópica ou não.
A internet, os games e até mesmo os livros nos proporcionam um mundo paralelo, que supre todas as carências do cotidiano. Lá somos invencíveis temos um final feliz. Somos heróis, guerreiros, rockstars e tudo o que for imaginável.
Existe um outro jogo, este é real e pode te fazer rir ou chorar, te dar medo ou encorajar.
Nele, há uma noVa batalha a cada dIa, um Desafio a cadA momento, derrotas, conquistas e experiência.
Realidade, ficção, os dois juntos ou nenhum deles.
E aí, vai encarar?