O impulso e o inconsciente marcam produções em que a subjetividade é a representação do concreto e o concreto é a representação da subjetividade.
A profusão das cores e o movimento dos traços leva o
observador sensível a viver uma experiência única de imaginação, descobrimento
e até autorreflexão.
Além disso, a subversão e a contra lógica de todo o movimento
(muito além da arte), são capazes de expandir o pensamento e libertar a mente.
Para mim, a beleza, a harmonia e a profundidade que se expressam no surrealismo integram a categoria das coisas extraordinárias da vida. Há valor nisto que tantos consideram como simples “confusão”.
E apesar de toda a intangibilidade do movimento, ouso dizer
que há uma mensagem sólida e inteligível nesta corrente artística: é o
incentivo à renovação, ao rompimento de barreiras, ao desafio aos modelos e ao
rompimento com a normalidade.
Valores como esses jamais
tornam-se obsoletos, eles atravessam gerações;
são atemporais.