(In)finito

“Somos controversos por natureza”, disse o escritor.

E somos mesmo. Além de controversos, alguns são inconstantes, imprevisíveis e insatisfeitos; vivem buscando mais.
De certa forma isso é bom, o prejuízo começa quando a busca se torna obsessiva.
Certamente é essencial evoluir; mudar, ter novos objetivos, metas, ambições, ...

No entanto, é necessário dar uma pausa. Aproveitar o que se tem, contemplar e valorizar o que já se conquistou.
Pode parecer piegas, mas a realidade não cansa de nos mostrar que a vida é de uma volubilidade extrema.

Fomos poeira estrelar e agora estamos aqui; materializados e racionalizados.
Apesar de não parecer, essa materialização não é sólida, ao contrário; pode desfazer-se em um piscar de olhos. Nossa breve existência telúrica é demasiadamente vã.

Então, tendo isso em vista caro leitor, é que faço um convite. Um convite a valorizar o teu dia a dia, a tua rotina. Um convite a reconhecer a importância daqueles que te cercam, a deixar as preocupações de lado por cinco minutos e a dar um abraço em alguém que te traz alegria.

Afinal, tudo pode ser como em Missão Impossível: “Esta mensagem irá se autodestruir em 5 segundos”.